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Nota de apoio à economista Eulália Alvarenga
Márcio Lacerda, ex-prefeito de Belo Horizonte, frente aos rumos tomados pela CPI que investiga as ações da PBH Ativos (empresa criada em seu mandato), tem insistentemente tentado suspender os trabalhos na Câmara por meio de ações judiciais pedindo sua suspensão (https://goo.gl/amBDZn) e agora ataca membros da sociedade civil. As denúncias produzidas pelas entidades e pela cidadã Eulália sempre foram em relação a empresa, sua correlação com o não atendimento ao disposto nas leis vigentes, a qual visam proteger o direito de todos os cidadãos.

Na última quinta-feira (21/09), o ex-prefeito ajuizou uma ação de indenização por danos morais contra a economista, ex-coordenadora do Núcleo Mineiro da Auditoria Cidadã da Dívida Pública e Auditora Fiscal do Município, aposentada, Maria Eulália Alvarenga, uma das principais referências no campo de auditorias e economia política em âmbito nacional.

Eulália tem desempenhado um trabalho voluntário, extremamente qualificado, fundamental para os movimentos sociais de Belo Horizonte, como o “Tarifa Zero” e sua luta por abrir a caixa preta das empresas de transporte, e o movimento “Somos Todos Contra a PBH Ativos”, que investiga a empresa criada por Lacerda, responsável por transferir recursos do Município para o mercado privado, criando endividamento público por meio de emissão de debêntures, vendendo imóveis Municipais para garantir Parcerias Público-Privadas.

O trabalho voluntário de Eulália é importante para que a sociedade possa compreender como os processos neoliberais de financeirização das políticas públicas são prejudiciais tanto à gestão pública, que tem seus recursos desviados de finalidades como a execução de obras do DRENUNRBS, quanto de privatizações de escolas infantis, via Parcerias Público Privadas, que entregou a gestão das UMEIS para construtora Odebrecht.

Eulália tem produzido relatórios técnicos importantes que são extremamente detalhados com o minucioso trabalho de coleta de todas as evidências que a auditora, com anos de experiência, foi reunindo em sua investigação cidadã. Vale lembrar que esse é um direito do cidadão garantido pela Constituição: poder participar da vida política dos entes federados, prezando pelo seu melhor funcionamento conforme descrito no texto constitucional.

Uma engenharia nova foi trazida a nossa cidade. No cumprimento do dever, que cabe a cada cidadão, de zelar e proteger o patrimônio público, como cidadã, nos limites técnicos, diante de tamanha complexidade das operações da empresa PBH ATIVOS, sua assessoria voluntária tem sido feita.

Cabe, ainda, ao Ministério Público, Tribunais de Contas, ao Ministério Público e Câmara Municipal, especialmente na CPI instalada, buscar com isenção e no interesse público apurar todos fatos para comprovar ou não possíveis irregularidades e se essas forem confirmadas chegarem aos responsáveis. Todos os agentes e gestores públicos e privado envolvidos devem por iniciativa e por obrigação contribuírem para os esclarecimentos o mais rápido possível.

É inadmissível que gestores públicos usem, como Márcio Lacerda tem feito, da judicialização de questões que dizem respeito ao conjunto da sociedade como forma de pressão contra os movimentos sociais e seus representantes. Entendemos que essa atitude é uma tentativa de abafar as investigações, ainda que várias entidades, associações, sindicatos, grupos da universidade, partidos e movimentos sociais estejam a favor das investigações da PBH Ativos. Vale lembrar que a investigação não é de um vereador, ou de uma técnica, mas de toda a cidade!

Interpretamos a ação movida pelo ex-prefeito como uma tentativa de intimidar, desviar a atenção e bloquear a investigação em curso na CPI da PBH ativos. Quem não deve, não teme! Transparência é um valor da gestão pública e um direito do cidadão!
Nós, do movimento Somos Todos Contra a PBH Ativos S/A, apoiamos a economista e grande colaboradora das investigações e denúncias que cumpre seu papel cidadão para a melhor administração da cidade.

Assinam a nota:

 
1. Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte - AMES-BH
2. Associação Sindical dos Empregados Públicos Estaduais da MGS – ASSEPEMGS
3. Brigadas Populares
4. Casa de Referência da Mulher Tina Martins
5. Centro comunitário do taquaril
6. Centro de los Derechos del Campesino
7. Consulta Popular
8. DAEA UFMG
9. Diretoria da Associação dos Docentes da PUC Minas
10. Diretório acadêmico Carlos Drumond de Andrade - DALETRAS
11. Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social
12. Federação nacional dos estudantes em ensino técnico -FENET
13. Federação Nacional dos Servidores dos Tribunais de Contas - FENASTC
14. Grupo de Estudos da Fundação Brasileira de Direito Econômico
15. Grupo Indisciplinar
16. Intersindical
17. LAB.URB – Escola de Arquitetura da UFMG
18. MAMBH - Movimento das Associações de Moradores de Belo Horizonte
19. Marcha Mundial de Mulheres
20. Movimento Correnteza
21. Movimento da Soberania Popular Frente a Mineração - MAM
22. Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas - MLB
23. Movimento de Mulheres Olga Benario
24. Movimento dos atingidos por barragens – MAB
25. Movimento Luta de Classes - MLC
26. Movimento nacional de luta pela moradia – MG (MNLM/MG)
27. MTD
28. Núcleo Gaúcho da Auditoria Cidadã da Dívida
29. Núcleo habitacional central do estado de Minas gerais
30. Núcleo Mineiro da Auditoria Cidadã da Dívida
31. Núcleo Primeiro de Maio da Auditoria Cidadã da Dívida
32. POEMA
33. Red de Organizaciones Sociales de Managua, Nicaragua
34. Salve Santa Tereza
35. Sindicato de Auditores Públicos Externos do TCE-RS
36. Sindicato dos Advogados de Minas Gerais (SINAD /MG)
37. Sindicato dos Economistas de Minas Gerais - SINDECON
38. SITRAEMG
39. Somos Todos Contra a PBH Ativos
40. Tarifa Zero BH
41. União da Juventude Rebelião - UJR
42. Unidade Popular pelo Socialismo – UP
 
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  • (31) 3335-1439
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